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música até ao final do ano

Iniciámos Dezembro como a maioria dos meses: com a sessão ‘Que música ouvimos?’, que nos deu a conhecer a diversidade das preferências musicais de Jorge Castro Ribeiro. Entre o inevitável Beethoven (o segundo andamento da 4ª Sinfonia, numa interpretação de Bruno Walter), um fragmento duma cantiga de batique pelo cabo-verdiano Ntóni Denti d’Oru e o segundo andamento do muito recente Concerto para acordeão e orquestra de Luís Tinoco (por João Barradas e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música), com toda a informalidade e descontracção, J. C. Ribeiro falou da música sem juízos de valor. A resposta da Arte no Tempo, naquela sessão conduzida por Ana Cancela, foi uma peça de que Bruno Costa haveria de fazer a estreia portuguesa, mais para o final do mês, no concerto de abertura do 5º Festival Itinerante de Percussão (FIP): An Elemental Thing [2017] parawood-block amplificado, da australiana Liza Lim.

Na tarde seguinte, o ars ad hoc regressava a Riba d’Ave para um segundo concerto ‘clássicos vs contemporâneos’ no Teatro Narciso Ferreira. O programa já não era novidade, uma vez que dava a escutar os mesmos quartetos de cordas de Haydn, Mariana Vieira e Oscar Bianchi que interpretara em Santa Marta de Portuzelo no mês anterior, sempre com o apoio do Banco BPI | Fundação “la Caixa”.

Entre Riba d’Ave e o Natal, realizámos mais uma oficina de ‘click tracker‘, à distância, orientada pelo criador da aplicação, João Pais, e lançámos um novo episódio do podcast Vortex Temporum em que Riccardo Nova, à semelhança de outros compositores mais irreverentes, nos oferece uma peça de arte, em vez de um episódio em que se dá a conhecer por palavras.

Logo a seguir ao Natal, rumámos a Braga, onde “ocupámos” as instalações da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. Aí realizámos a 5ª edição do FIP, pela primeira vez numa escola, recebendo professores e alunos das 7 instituições de ensino superior portuguesas em que é ministrado curso de Percussão, mas também alunos de diferentes conservatórios e academias que participaram nas master classes. Com duas baixas inesperadas (fruto dos vírus da época), os professores Miquel Bernat (ESMAE/IPP), Bruno Costa (ESART/IPCB), João Miguel Braga Simões (UM), Eduardo Lopes (UÉ), Eduardo Cardinho (UA) e ainda os jovens percussionistas João Pedro Lourenço e Afonso Primo “animaram” as três primeiras noites do evento, com recitais preenchidos por propostas estéticas muito diversas. A Bruno Costa, Miquel Bernat e Mário Teixeira coube orientar a preparação e estreia dos três mais recentes septetos do total de quinze que a Arte no Tempo tem vindo a encomendar a diferentes compositores portugueses. Desta vez, os compositores que nos presentearam com a sua criatividade foram Luís Antunes Pena (1973), Solange Azevedo (1995) e João Moreira (2004).

…Sobre este último, actualizaremos este artigo com imagens durante os próximos dias.

[03.01.2025]