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um ano cheio acaba em pleno

O mês de Dezembro começou com o habitual encontro em torno da música que ouvimos. O convidado da sessão foi António Cravo Roxo, que nos trouxe música de J. S. Bach e de F. Liszt. A resposta da Arte no Tempo, numa sessão conduzida por Ana Cancela, foi o trio “The people here are mad. They blame the wind.”, de Clara Iannotta (1983) – trio que o ars ad hoc haveria de voltar a tocar daí a dias no Concerto de Natal. Com algum espírito natalício, foi uma sessão bastante animada em que José António Christo expôs alguns detalhes de um dos presépios do Museu de Aveiro / Santa Joana e alguém do nosso público habitual nos presenteou com um delicioso bolo de noz. Obrigada, D. Joana Cruz!

No dia 5 lançámos o primeiro dos dois podcasts do mês. Luís Antunes Pena (Lisboa, 1973) e Sina Fallahzadeh (Teerão, 1981), dois compositores que conjugam electrónica com instrumentos acústicos de forma muito distinta entre si, partilharam connosco algumas ideias antes de o ano terminar.

O último concerto de 2023 do ars ad hoc foi o concerto de Natal, promovido pela Câmara Municipal de Aveiro. Mais uma vez, ouviu-se o trio com clarinete de Clara Iannotta, mas também a transcrição de Ricardo Carvalho para quinteto pierrot de Trois danses de Pétrouchka, de Stravinsky – obra invariavelmente muito aplaudida. Antes disso, sendo Natal, houve lugar à primeira audição do arranjo, também Ricardo Carvalho, de O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Foi um concerto especial, com bastante público que acorreu à Igreja do Carmo – uma bela forma de terminar o ano do ars ad hoc (a temporada continua já a seguir, a 8 de Janeiro, prolongando-se até Junho).

O ano da Arte no Tempo só terminaria mesmo no final do mês, com dezenas de percussionistas reunidos em Castelo Branco, no Festival Itinerante de Percussão (FIP). Foram 3 recitais de solistas com muita música nova, 4 master classes de instrumento e um concerto com 3 septetos de percussão em estreia, em apenas 4 dias, 27 – 30 de Dezembro, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco e no Cine-Teatro Avenida.

Foi fundamental o apoio do Município de Castelo Branco, a juntar ao da Direcção Geral das Artes, mas também o apoio da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e do Conservatório Regional de Castelo Branco, cujos instrumentos tornaram possível a música soar.

O FIP conta sempre com a colaboração das 7 instituições de ensino superior em que é ministrado curso de percussão – ANSO, ESART-IPCB, ESMAE-IPP, ESML-IPL, UA, UÉ e UM – sem o qual o projecto não faria sentido. Agradecemos a todos os presentes, profissionais, estudantes, técnicos e público.

O próximo Festival Itinerante de Percussão trará algumas novidades no formato, mas sobre isso daremos novidades em breve.

[3.01.2023]