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Após a primeira apresentação do ars ad hoc em Serralves, em Julho passado, o agrupamento da Arte no Tempo regressa com o primeiro de três programas da temporada de 2021/22 em que interpreta música de Simon Steen-Andersen (1976) e de compositores portugueses, complementada com repertório diverso – outros programas haverá em que o ars ad hoc se apresenta com propostas musicais pensadas numa relação direta com a programação do Museu de Arte Contemporânea.

João Carlos Pinto (1998) é novamente um dos compositores escolhidos por este agrupamento, que revisitará o Quarteto de Cordas nº 1 (2020) do jovem compositor bracarense – uma encomenda do Centro Cultural de Belém para os Dias da Música, estreado pelo ars ad hoc na bienal Aveiro_Síntese 2020.

De Simon Steen-Andersen escutar-se-á também o primeiro quarteto de cordas. Escrito em 1999, quando o compositor dinamarquês tinha aproximadamente a idade de João Carlos Pinto, este quarteto valeu a Steen-Andersen o prémio de compositor nacional dinamarquês.

A obra central do programa será, porém, um quinteto com clarinete de Morton Feldman (1926-87), um dos nomes maiores da música do século XX. Não se trata de uma peça de juventude, mas antes um testemunho da maturidade musical do compositor norte-americano, em que se encontra bem presente a exploração de aglomerados sonoros em profundidade, por via da repetição em diferentes combinações sequenciais.

Programa:
• João Carlos Pinto (1998) | Quarteto de cordas nº1  [2020] ca 9’
• Simon Steen-Andersen (1976) | Quarteto de cordas nº1  [1999] ca 10’
• Morton Feldman (1926-87) | Clarinet and String Quartet [1983] ca 40′
 

ars ad hoc
Horácio Ferreira > clarinete
Álvaro Pereira e Diogo Coelho > violino
Ricardo Gaspar > viola
Gonçalo Lélis > violoncelo
Diana Ferreira > programação

[27. Setembro. 2021]