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Pontes Leça no MAN

CPL 1

A 3ª sessão do ciclo “Música e Cinema” traz esta noite a Aveiro o Dr Carlos de Pontes Leça.

“Grandes compositores do cinema: os originais e os adoptados”

CPL 1Entramos hoje na segunda metade do ciclo “Música e Cinema”, promovido pela Arte no Tempo, no âmbito do projecto Omnia Mutantur, com sessões à quinta-feira (21h30) no Museu Arte Nova.
O convidado desta noite (recebido com o apoio do Grupo Alboi) é uma figura essencial na música portuguesa do último quartel do século XX, já que, a tal não se restringindo, o seu papel no Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian acaba por se confundir com a própria história dos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea (Lisboa: 1977 – 2003).
Programador musical e musicólogo, Carlos de Pontes Leça é também um cinéfilo que, além de se debruçar sobre o estudo e a divulgação da ópera dos séculos XIX-XX e sobre a estética da música contemporânea, dedica especial atenção às relações entre música e cinema. No Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian, desempenhou sucessivamente as funções de Director-Adjunto e de Consultor, tendo sido ainda Director Artístico do Festival Música em Leiria e Director-Adjunto da revista Colóquio-Artes. Autor de diversos textos ensaísticos, alguns dos quais publicados pela Cinemateca Portuguesa, tem desenvolvido intensa actividade como conferencista e comentador de concertos, tendo colaborado com a RTP e a RDP-Antena 2 como apresentador de programas de ópera.
“A Música no Cinema” é o título de um dos cursos que dirigiu no âmbito dos Programas Educativos da Fundação Gulbenkian, repetindo-o na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Apresentou ainda comunicações nos Simpósios de Música e Cinema organizados pela Universidade de Salamanca em 2006, 2008 e 2010, dirigindo em 2012, na Cinemateca Portuguesa, um curso sobre o cinema musical de Vincente Minnelli. Com estudos de Piano e Composição no Conservatório de Coimbra e no Conservatório Nacional de Lisboa, Pontes Leça é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e em Comunicação Social pela Universidade de Navarra (Espanha), concluindo este último curso com uma dissertação sobre “Cinema e cultura cinematográfica em Portugal”.
Em Aveiro, Pontes Leça promete uma condensada visita orientada em torno dos grandes compositores do cinema: os adoptados pelo cinema (de J.S.Bach a Ligeti, passando pelo caso especial de Honegger e o filme “Pacific 231”), os que criaram também para o cinema (como Prokofiev, Korngold, Bernstein e Miles Davis) e os especialmente dedicados ao cinema (como Bernard Herrmann, Nino Rota e John Williams), sem esquecer o jazz e a música electrónica.
O ciclo termina na próxima quinta-feira, com Hugo Barreira, seguindo-se um conjunto de cinco sessões protagonizadas por compositores do nosso tempo que falarão da sua própria música.

[texto publicado no Diário de Aveiro de 09.10.2014]