Sobre o septeto que escreveu para o 2º Festival Itinerante de Percussão, por encomenda da Arte no Tempo, Christopher Bochmann (1950) revela que o título “All the world’s a stage” vem do monólogo de Jacques, na peça de Shakespeare “As you like it”, em que o bardo descreve as sete etapas da vida do homem, desde o chorar do recém-nascido até à idade avançada.
E promete movimento.
“Nesta obra, sete percussionistas levam-nos pelas sete secções da obra. A primeira é simples, um pouco brutal, talvez. Não tem alturas definidas e toca-se na plateia. A segunda avança para o palco, com quatro percussionistas a tocar num único vibrafone. A Terceira secção utiliza os executantes todos, quatro na marimba e três no vibrafone. A quarta usa apenas a marimba, introduzindo um pouco mais tarde um instrumento de altura indefinida. A quinta faz eco de ritmos brasileiros (tipo samba), mas este desfaz-se com regularidades que contradizem a quadratura do compasso. A sexta secção dá-nos a percussão turca do Romantismo inicial de maneira muito simples– até simplista.”
E a sétima permanece surpresa.
Há muitos anos radicado em Portugal, Bochmann formou-se em composição pela Universidade de Oxford, onde obteve o Doutoramento em Composição. Estudou também com Nadia Boulanger, em Paris, e com Richard Rodney Bennett, em Londres.
Leccionou em várias escolas em Inglaterra, entre as quais Cranborne Chase School e Yehudi Menuhin School. As últimas escolas onde tem ensinado são a Escola Superior de Música de Lisboa (1984 a 2006) e a Universidade de Évora, onde é Professor Catedrático.
Os ingressos para o concerto de estreia desta obra, assim como dos restantes dois septetos compostos para o FIP 2019, estão disponíveis na bilheteira do Teatro Garcia de Resende e na BOL.
Tiago Sousa [ESMAE]
Luís Silva [UA]
Flávio Bento [ESART]
Rafael Picamilho [ESML]
Paulo Amendoeira [Metro]
Diogo Ribeiro [UÉ]
Jéssica Peixoto [UM]
Direcção: Prof. Eduardo Lopes [UÉ]
[30. Dezembro. 2019]