Ontem foi dia de estreias e hoje também será. Ana Margarida Lamelas (viola) e Francisco Martins (acordeão) trouxeram à luz do dia três novas obras de Cândido Lima (1939), João Pedro Oliveira (1959) e Luís Antunes Pena (1973), com assistência deste na electrónica.
E é então que, repletos de memórias para o futuro, chegamos ao último dia da bienal de 2022 já a precisar de algum descanso, mas ainda com toda a vontade de fazer mais um concerto acontecer. Este é especial e junta no mesmo evento (embora em momentos distintos) o estágio Nova Música para Novos Músicos e a Orquestra das Beiras, ambos dirigidos por Rita Castro Blanco e com assistência informática musical de Nádia Carvalho.
O primeiro grupo fará revisitará Macrophylla V [2018], de Ângela da Ponte (1984), que um outro grupo de estudantes estreou nos Reencontros de Música Contemporânea de 2019, sob a direcção de Dinis Sousa, antes de fazer a estreia absoluta de DOHRNII [2022], de Ricardo Almeida (2000) e de celebrar o centário de Iannis Xenakis (1922-2001) com O-Mega [1997], com Matilde Cardoso como percussão solo. Uma breve pausa técnica serve para passar o testemunho para a Orquestra das Beiras que continuará a celebração do centenário de Xenakis, no dia em que passam exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, com a estreia nacional de Voile [1995], para orquestra de cordas, antes de outra estreia nacional bem mais próxima do nosso tempo, da extraordinária dead wasps in a jam jarr (ii) [2016], para orquestra de cordas, objectos e ondas sinusoidais, de Clara Iannotta (1983), com Ana do Vale como concertino convidada.
A Aveiro_Síntese é um projecto da Arte no Tempo produzido em parceria com o Teatro Aveirense, que conta com o apoio da Direcção Geral das Artes e da Câmara Municipal de Aveiro. É óbvio que só é possível com o empenho de todos os intervenientes, de que destacamos o empenho e a constância da extraordinária Nádia Carvalho e o acompanhamento técnico do precioso acompanhamento técnico da equipa do Teatro Aveirense.
[29.05.2022]