A digressão de estreia do Ruído Vermelho em Portugal começa a 5 de Abril de 2016, na abertura do festival Aveiro_Síntese.
O trio Ruído Vermelho- composto pelo violoncelista italiano Francesco Dillon, o percussionista Nuno Aroso e Luís Antunes Pena (electrónica)- nasceu na Alemanha, em 2010, no seio de um projecto internacional e transdisciplinar em que os três músicos se ocupavam da vertente sonora, com forte carácter de improvisação. “Foi no âmbito do o I-X-Herculean (que fizemos no ZKM, em Karlsrühe) que surgiu a ideia de tornar esta actividade mais regular, quando começámos a sentir uma empatia muito grande entre nós e percebemos que o conjunto teria potencial para desenvolver um projecto puramente musical.” [Luís Antunes Pena, em entrevista à Arte no Tempo]
À improvisação, que é a essência do Ruído Vermelho, o trio juntou algumas peças do pouco repertório existente para esta formação, deixando claro que os seus concertos combinarão sempre improvisação com música escrita.
Apesar da dispersão geográfica- cada um dos seus elementos reside num país diferente dos restantes- o Ruído Vermelho soma já diversas apresentações na Alemanha, Itália e Suécia, estreando-se agora em Portugal, com obras de Pedro Junqueira Maia, Luís Antunes Pena, Caspar Johannes Walter, Norbert Fröhlich e Milica Djordjevic, numa digressão que resulta do esforço conjunto da Arte no Tempo e o Atelier de Composição, com a colaboração do Município de Castelo Branco (Cultura Vibra) e do festival DME.
O próximo projecto do Ruído Vermelho passa pelo registo do seu trabalho de improvisação, prevendo-se a gravação em suporte fixo para os próximos meses, em Bolonha.
A estreia do Ruído Vermelho em terras lusas acompanha o lançamento em Portugal do último disco de L. Antunes Pena editado, pela Wergo na série ‘Compositores alemães da actualidade’ .