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ars ad hoc 0502

O próximo programa que o ars ad hoc apresentará, já no mês de Fevereiro, conta com o primeiro Trio de Cordas [1965] de Helmut Lachenmann (1935) e com a estreia absoluta de uma nova criação do muito jovem compositor João Moreira (2004).

ars ad hoc ©Anabela Trindade / Serralves

O primeiro concerto terá lugar no Auditório de Serralves, no dia 19 de Fevereiro, com início às 18h00. Três solos de György Kurtág (1926) dão o mote para um programa de trio de cordas que, ao breve trio Virág az ember, Mijakónak [2001] do compositor húngaro, faz suceder a estreia nacional de uma obra da italiana Daniela Terranova (1977) composta a partir de uma desconstrução da mítica canção “Somewhere over the rainbow” – Rainbow Dust in the Sky [2018]. Num concerto fluido, sem interrupções entre peças, o contraste entre o trio de Daniela Terranova e o de Helmut Lachenmann não deixará de se fazer notar. Será o Trio nº 1 [1965], que compôs aos trinta anos de idade, e não o segundo, Mes Adieux [2021/22], o que o ars ad hoc interpretará, já que, até ao final de Maio de 2023, esta última partitura (estreada no Wittener Tage für neue Kammermusik, a 8 de Maio de 2022) é de uso exclusivo do Trio Recherche.

ensaio com João Moreira > 28. Janeiro. 2023

De entre os vários proponentes, João Moreira foi o jovem seleccionado na sequência de uma chamada de propostas de compositores (sem limite de idade) que a Arte no Tempo lançou em Setembro passado. Consequentemente, trabalhou com os músicos do ars ad hoc na preparação da partitura do seu primeiro trio de cordas, Atropos [2022], sobre o qual também aqui nos fala: uma obra de pormenor em que cabe um belíssimo solo de violoncelo e que culmina com a densidade de um frenesim que, em condições ideais, é acompanhado de uma enfatização luminosa.

A terminar o mês, de regresso a Castelo Branco (Cine-Teatro Avenida, 26 de Fevereiro, às 17h00), o ars ad hoc substitui as obras de Kurtág pela apresentação do Trio D 581 de Franz Schubert (1797 – 1828), para mais um programa que põe em confronto música do grande repertório clássico/romântico com obras dos nossos dias.

SERRALVES, 19 FEVEREIRO | 18h00

György Kurtág (1926)
Az hit… [1998] 3’
para violoncelo

In Nomine-all’ongherese [2001, rev. 2004] 4’
para viola solo

Doloroso [1992] 2’
para violino solo

Virág az ember, Mijakónak [2001] 1’30”
para trio de cordas

Daniela Terranova (1977)
Rainbow Dust in the Sky * [2018] ca 5′
para trio de cordas

Helmut Lachenmann (1935)
Trio de cordas nº 1 [1965] ca 12′

João Moreira (2004)
Atropos** [2022] ca 10′
para trio de cordas

* 1ª audição em Portugal
** estreia absoluta

CINE-TEATRO AVENIDA, 26 FEVEREIRO | 17h00

Daniela Terranova (1977)
Rainbow Dust in the Sky [2018] ca 5′
para trio de cordas

Helmut Lachenmann (1935)
Trio de cordas nº 1 [1965] ca 12′

João Moreira (2004)
Atropos [2022] ca 10′
para trio de cordas

Franz Schubert (1797 – 1828)
Trio de cordas em Si bemol maior D 581 [1817] ca 22′


ars ad hoc
Diogo Coelho > violino
Francisco Lourenço > viola
Gonçalo Lélis > violoncelo
Matilde Andrade > operação de luz
Diana Ferreira > programação

[30.01.2023]