Menu Fechar

ars ad hoc

Surgido em 2018 no contexto da Arte no Tempo, o ars ad hoc cumpre o sonho de criar um novo espaço para a interpretação e divulgação da grande música de câmara, com elevados padrões de exigência. Na sua primeira temporada, o ars ad hoc pôs em confronto a música de grandes clássicos com o trabalho de um dos mais interessantes criadores do nosso tempo, o compositor suíço-austríaco Beat Furrer (Schaffhausen, 1954), que, em Março de 2019, marcou presença na segunda edição da bienal Reencontros de Música Contemporânea, trabalhando com o ars ad hoc a estreia nacional do seu quinteto intorno al bianco [2016].

Museu Francisco Tavares Proença Junior ©FF 2021

Na atribulada temporada de 2019/20, o ars ad hoc prestou particular atenção à música de Ludwig van Beethoven (1770-1827) e de Luís Antunes Pena (1973), tendo ainda revisitado obras de Beat Furrer e interpretado obras tão extraordinárias como Talea [1982], de Gerard Grisey (1946-1998). Além da “temporada regular” com os seus três programas, o ars ad hoc marcou ainda presença em alguns festivais, estreando obras encomendadas a compositores portugueses e estrangeiros.
Condicionada pela pandemia de COVID-19, a temporada de 2020/21 marca o início da colaboração do ars ad hoc com a Fundação de Serralves e acrescenta mais algumas estreias nacionais e absolutas ao repertório do grupo. Em 2021/22, o ars ad hoc explorou em especial a música de Simon Steen-Andersen (1976), estreou obras compositores portugueses e fez estreias nacionais de compositores como Beat Furrer, Joanna Bailie (1973) e Clara Iannotta (1983). Centrando-se no universo de Helmut Lachnemann (1935), a temporada de 2022/23 contou com mais estreias de compositores portugueses e com a passagem do agrupamento por diferentes festivais.
Na temporada de 2023/24, a música de Clara Iannotta assume um papel de destaque, figurando na maioria dos concertos do grupo.

Apesar de ter já realizado mais de uma dezena de estreias absolutas e outras tantas primeiras audições portuguesas, o ars ad hoc pretende afirmar-se pela qualidade do trabalho que desenvolve, privilegiando a profundidade das suas interpretações em detrimento do número de obras ou compositores tocados, procurando, sempre que possível, desenvolver uma relação de proximidade com os compositores na exploração das obras.

No ars ad hoc têm colaborado músicos ainda jovens que, depois de se terem notabilizado em Portugal, complementaram os seus estudos no estrangeiro, como o flautista Ricardo Carvalho (Aveiro, 1999), o clarinetista Horácio Ferreira (Pinheiro de Ázere, 1988), os violinistas Diogo Coelho (Porto, 1988), Matilde Loureiro (Lisboa, 1994) e Álvaro Pereira (Guimarães, 1986), os violetistas Ricardo Gaspar (Lisboa, 1991) e Francisco Lourenço (Lisboa, 1997), o violoncelista Gonçalo Lélis (Aveiro, 1995) e o pianista João Casimiro de Almeida (Cabeceiras de Basto, 1994).

Reencontros de Música Contemporânea, Teatro Aveirense ©2019