João Miguel Braga Simões é um músico com intensa actividade artística focada na criação, interpretação e disseminação de música nova e no trabalho colaborativo com diferentes compositores e intérpretes. A sua actividade profissional tem-se estendido a projectos a solo, de música de câmara e de orquestra, com os quais articula a docência de percussão na Universidade do Minho.
É membro do Drumming – Grupo de Percussão, com o qual mantém uma actividade regular enquanto músico, na apresentação de projectos de grande pluralidade estética e diversos cruzamentos disciplinares com Dança, Cinema, Literatura e “Media Arts”. Com o Drumming GP gravou oito trabalhos discográficos e apresenta- se regularmente nas principais salas de concerto e festivais portugueses, assim como noutros países (Espanha, Chile, Brasil e Argentina).
É membro fundador do grupo Trash Panda Collective (Amesterdão), com o qual tem vindo a apresentar-se em alguns dos mais importantes festivais de música dos Países-Baixos, como o Gaudeamus Festival (Utrecht), Rewire Music Festival (Haia) e Sounds of Music Festival (Groningen).
As suas colaborações em música de câmara incluem projectos com Nuno Aroso e Ikue Mori (música original para dois percussionistas e electrónica), João Carlos Pinto e José Diogo Martins (+/- performance audiovisual imersiva) e trabalhos regulares com o compositor Igor C Silva. Neste contexto, a actividade de João Miguel Braga Simões tem percorrido vários caminhos, desde os mais tradicionais aos circuitos de improvisação livre, música exploratória e cruzamentos estéticos.
Participou na criação e gravação do álbum Textures&Lines com Drumming GP, Joana Gama e Luís Fernandes, editado pela Holuzam e considerado o melhor álbum nacional pela Oficína Radiofónica de Rui Miguel Abreu (2020). Destacam-se ainda os trabalhos discográficos For Percussion – @c + Drumming (Miguel Carvalhais e Pedro Tudela + Drumming GP – 2023), PLAY-OFF (Drumming GP – álbum monográfico do compositor Vasco Mendonça – 2022), Percurso 35 (álbum do percussionista brasileiro Fernando Hashimoto – 2022), Lumina (Omniae Large Ensemble – Pedro Melo Alves – 2021) e Peixinho Patriarca Percussão (álbum de documentação da música de Jorge Peixinho e Eduardo Patriarca – 2021). Os próximos lançamentos incluem ainda Portuguese Marimba Quartets (Drumming GP – 2025), CHRONOTOPE (álbum monográfico de Anthony Pateras gravado pelo Drumming GP – 2025), Time Poetries de Carlos Guedes & Drumming GP (2025), e um álbum monográfico com música de César Camarero, pelo Drumming GP (2025).
João Braga Simões colabora regularmente com instituições como a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Câmara Portuguesa, Arxís Ensemble, Omniae Large Ensemble, Orquestra de Guimarães, Orquestra XXI e Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Foi também convidado a participar em festivais internacionais como o Klangspuren International Ensemble Modern Academy e o Tromp Percussion Eindhoven.
Em 2017, completou o seu mestrado em Percussão, com especialização em Nova Música, no Conservatorium van Amsterdam, com o apoio da bolsa de aperfeiçoamento artístico da Fundação Calouste Gulbenkian. O seu percurso académico passou também por Braga e pelo Porto onde concluiu a licenciatura na ESMAE.
(última actualização: Outubro 2024)