Ao longo de cinco anos, músicos portugueses e estrangeiros, estudantes e profissionais, jovens e experientes partilharam dum espaço em constante renovação e crescimento, que tinha como objectivo a partilha duma cultura musical viva, a promoção do debate, o estímulo da criação, sobretudo por jovens compositores, e o incentivo à interpretação da música do nosso tempo através de actividades de formação prática com profissionais experientes. Foi da vontade de conhecer, viver e partilhar a música do nosso tempo que nasceu o projecto das Jornadas Nova Música, que em Dezembro de 1997 viria a concretizar-se nas instalações da Universidade de Aveiro, com o apoio do Reitor Prof. Doutor Júlio Pedrosa. Criado, programado e produzido por Diana Ferreira, João Pais e Luís Antunes Pena (na altura, estudantes de composição), o evento contou sempre com o empenho dos músicos intervenientes (dos mais famosos aos mais desconhecidos), tendo trazido a Portugal nomes tão extraordinários como os dos compositores Emmanuel Nunes, Salvatore Sciarrino, Beat Furrer, Philippe Hurel e Godfried-Willem Raes, e intérpretes como o Quartetto Prometeo, Christophe Desjardins, Pascal Gallois, Pedro Carneiro, Edwin Roxburgh e, entre outros, grupos académicos como os da Folkwang Hochschule Essen e da Hogeschool Gent / Logos Foundation. À volta de uma actividade única – o Estágio de Interpretação de Música Contemporânea em Orquestra de Câmara, em que, sob a orientação de um pedagogo de reconhecido mérito, jovens instrumentistas seleccionados tocam obras do grande reportório contemporâneo e peças de jovens compositores, também elas seleccionadas em concurso -, um ciclo de conferências, um conjunto de master-classes de interpretação e de composição, um conjunto de recitais e concertos de música de câmara compõem a estrutura que as Jornadas Nova Música apresentaram da segunda à quinta edições, entretanto um pouco mais dispersas pela cidade e, sempre, com uma pequena extensão no Porto.