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Jornal A_S 2022 | 6

O dia de hoje é o único em que a bienal Aveiro_Síntese conta com dois concertos: um às 18h30 e outro às 21h30.

Depois do concerto CLAMAT da noite passada, que teve a agradável particularidade de parecer mais curto do que na realidade foi, esta tarde a Sala Estúdio do Teatro Aveirense será ocupada pelos Novos Músicos para quem foi criada Nova Música.

Ao todo, serão estreadas 11 obras para instrumento solo e electrónica, de 8 compositores diferentes, por jovens 10 estudantes de música oriundos de 7 diferentes escolas – Academia de Música de Elvas [AME], Academia de Música de Santa Maria da Feira [AMSMF], Escola Profissional Artística do Alto Minho [ARTEAM], Conservatório de Música de Coimbra [CMC], Conservatório de Música Jaime Chavinha [CMJC], Conservatório de Música de Santarém [CMS] e Escola Artística de Música do Conservatório Nacional [EAMCN]. De Ângela Lopes (1972), Rita Oliveira [AMSMF] estreará Mahâr [2022], para flauta e electrónica. De Jaime Reis (1983), João Alcaravela [AME] estreará Magistri Mei: Bach – II. Echo [2020], para guitarra e electrónica, e João Ferreira [CMS] estreará Magistri Mei: Beethoven [2022], para trompete e electrónica. De Elsa Filipe (1962), Tomás Lyckfeldt [CMC] estreará Essay nr 2 [2020], para fagote e electrónica. De Ângela da Ponte, João Guilherme [CMJC] estreará Macrophylla IV [2018], para acordeão e electrónica, e Eduardo Alcântara [EAMCN] estreará A quiet place [2021], para contrabaixo e electrónica. O mesmo música estreia ainda Vislumbres de Ascensão [2018], de Pedro Rocha (1961). Da mesma escola, Guilherme Duarte estreará In-ven-to-ção [2022], para trombone e electrónica, de António Sousa Dias (1959). De Luís Salgueiro (1993), Ana Luz Rosa [CMC] estreará Rainbow man [2021], para fagote e electrónica, e Luís Fernandes (tal como João Guilherme, um reincidente no Nova Música para Novos Músicos) estreia Fuzzy concepts [2020], para viola e electrónica. Por último, o também reincidente Simão Torres [ARTEAM] estreia Motor Gerador [2022], para dois pratos e microfones, de Tiago Cutileiro (1967).

A todos os compositores, alunos intérpretes e professores de instrumento que os prepararam, agradecemos o empenho, certos de que o bom resultado será testemunhado esta tarde.

À noite, a música faz-se na Sala Principal do Teatro Aveirense e quem a interpreta é o ars ad hoc. O grupo de música de câmara da Arte no Tempo apresenta um programa formado por música escrita no século XXI por três compositores de diferentes países, todos eles estrangeiros residentes em Berlim.

Da italiana Clara Iannotta (1983), também destacada nesta bienal pela Orquestra das Beiras, o ars ad hoc interpreta o trio The people here go mad. They blame the wind [2014], para clarinete, violoncelo, piano e electrónica, que os mesmos músicos apresentaram pela primeira vez em Portugal no mês passado, em Paredes. Do dinamarquês Simon Steen-Andersen (1976), o ars ad hoc traz a Aveiro o Estudo para instrumento de cordas nº 2 [2009] que havia interpretado em Serralves em Janeiro, mas agora em viola d’arco e pedal whammy, antecedendo a aguardada estreia nacional da peça para 1 pianista e 2 assistentes Rerendered [2004] (que na próxima semana levará a Serralves). Da britânica Joanna Bailie (1973), mais duas peças serão apresentadas na bienal Aveiro_Síntese. Gonçalo Lélis interpreta Trains [2014], para violoncelo e electrónica, e o colectivo volta a encontrar-se em palco para a estreia nacional de From above and far away [2020].

Amanhã será dia de trabalho para os Novos Músicos que continuarão a trabalhar Nova Música, já sob a orientação de Rita Castro Blanco e com a assistência informática musical de Nádia Carvalho.

A Aveiro_Síntese é um projecto da Arte no Tempo produzido em parceria com o Teatro Aveirense, que conta com o apoio da Direcção Geral das Artes e da Câmara Municipal de Aveiro.

[27.05.2022]