
Nasceu em 1953, em Cherbourg, cidade de muito vento e onde a vida musical é particularmente voltada para a harmonia.
Depois dos estudos clássicos consagrados à aprendizagem do violoncelo e do trombone no Conservatório de Paris, Marc Steckar tornou-se músico nas big bands de jazz, mas também nas orquestras de estúdio. Entre outros, acompanhou Marlene Dietrich, Nat King Cole, Charles Aznavour e participou em numerosas gravações de música de filmes.
Em 1970, e sem pôr totalmente de parte o trombone, Steckar interessa-se pela tuba, instrumento do qual viria a tornar-se um dos melhores especialistas. Estranho instrumento, como se diz, o mais volumoso e o mais grave da grande família dos metais, a tuba conquistou uma dimensão importante na História da Música. Pelo seu volume sonoro, foi instrumento obrigatório nas fanfarras, mas entrou também rapidamente na história do jazz, uma vez que desde os anos 20, passando melhor nas gravações do que os contrabaixos de cordas, toma o lugar destes na maior parte das formações de jazz.
De seguida, a tuba tomará progressivamente a sua verdadeira dimensão de solista e os virtuosos americanos (como John Kirby e Howard Johnson) saberão revelar as suas qualidades melódicas e rítmicas singulares, extravagantes e expressivas.
Marc Steckar será na Europa um dos mais importantes e funda nos anos 80 um quarteto muito original – o Tubapack – e, mais tarde, um octeto – o Tubahorde – que faz inclui o uso de tubas pequenas e de saxhorns baixo.
Com os seus dois grupos, Marc Steckar gravou mais de vinte discos que receberam um óptimo acolhimento por parte da crítica, assim como importantes distinções.
Nos anos 90, Steckar desejou alargar ainda mais o seu campo de competências, reunindo o som da tuba a numerosas criações pessoais para grande orquestra e outros agrupamentos.
Refira-se Galère (Julho de 1990) e Euphonie (1994), para a Orquestra Filarmónica da sua cidade natal, Celtophonie (1994), no Festival Intercéltico de Lorient com o Bagad de Quimperlé, e Fezzy au village fanfare, cont musical para vozes infantis e fanfarra.
Para este ano, Steckar anuncia a estreia de dois concertos para trombone baixo, um em Bruxelas e outro em Lille.
É por essa actividade transbordante, generosa e impulsionadora duma renovação oportuna e justa de um reportório cativante e mal conhecido, que a SACEM decidiu agradecer a Steckar atribuindo-lhe, em 1999, o Prémio Pierre et Germaine Labole.
As obras de Marc Steckar encontram-se disponíveis da editora FEELING Musique e na LAFITAN.
(última actualização: Dezembro de 2001)