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João Castro Pinto

Depois de integrar variados projectos e agrupamentos musicais, interessa-se profundamente por música electrónica / electroacústica, tendo realizado as primeiras experiências de criação sonora neste âmbito em meados dos anos 90.
Em 1999 foi artista seleccionado pelo concurso Jovens Criadores, na área de Música, (organizado pelo Clube Português de Artes e Ideias e pela Secretaria de Estado da Juventude) com a peça Impressões Sintéticas.
Paralelamente a este processo desenvolve gosto por Filosofia e por múltiplas facetas da arte experimental: vídeo, instalação, intermedia, etc…
É a título deste interesse que, em 2000, vence a 8ª edição da Bolsa Ernesto de Sousa, com o projecto A sense of Flow, baseado na paisagem audiovisual do rio Tejo. Esta bolsa de arte experimental intermedia foi atribuída pela Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e pela Experimental Intermedia Foundation de New York. Realizou um estágio Intermedia na Universidade de Iowa e apresentou ao público A sense of Flow, na Experimental Intermedia Foundation de Nova Iorque, no dia 16 de Março de 2001. Artista selecionado, em Março de 2002, pela iniciativa da comunidade europeia The Pépinières Européennes, no âmbito do map program (map – mobility in art process), obtendo uma residência artística de 3 meses para realizar e apresentar o projecto de arte experimental intermedia Cont@mination, no Fournos Centre pour Les arts et Les Nouvelles Technologies, em Atenas – Grécia.
É membro do projecto audiovisual [des]integração.

Ideias | Conceitos

A sua abordagem em termos audiovisuais pugna por uma estética experimental que procura evocar e recriar ambientes / cenários relativos a experiências relacionadas com a riqueza e diversidade contida nas paisagens: “sound/visual scapes”, buscando perspectivar narrativas e expressões não-lineares. A utilização de meios informáticos é considerada como um modus operandi que fornece inumeras hípoteses de afirmação/(re)criação – performance. A função criativa (interactiva) que estes meios possuem e propagam, promove o poder criativo que surge atravês do seu uso e exploração intensiva / experimental, facto que contribui inegávelmente para a transformação dos resultados e da representação das ideias e conceitos artisticos establecidos. Os meios informáticos são, nesta óptica, usados para criar / debater novas expressões, abordagens estéticas e filosóficas no domínio da representação artística. Este contexto contemporâneo gera novas concepções e visões sobre os conceitos, preconceitos, ideias e limites das fronteiras que delineam os fundamentos e práticas da arte considerada em si mesma. Eles invocam a urgência da interdisciplinariedade dos diversos meios e formas de expressão artística (intermedia). É no sentido desta interdisciplinariedade que João Castro Pinto procura experimentar e esboçar o seu trabalho.

(última actualização: 2002)