Elsa Filipe (Lisboa, 1962) iniciou os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música. Em 1995, ingressou no curso de Composição da Escola Superior de Música de Lisboa, onde trabalhou com professores como Christopher Bochmann, António de Sousa Dias e António Pinho Vargas.
Em 2005 obteve o Diplôme d’Études Approfondies (DEA) em Música e Musicologia da Universidade Paris-Sorbonne (Paris IV), com a dissertação Étude de l’interaction temps réel dans les œuvres utilisant le programme MAX depuis les années 1980, sob orientação de Marc Battier. Na mesma Universidade e com o mesmo orientador, desenvolveu uma tese de doutoramento na mesma área, intitulada Les tendances de la musique mixte en France depuis 1981.
A sua música inclui obras instrumentais para pequenos agrupamentos e para orquestra, música acusmática e música mista. Destaca-se obras como Kartina (1999), para agrupamento de câmara (Jovens Compositores portugueses, CCB, Lisboa), Duo imaginário (2001), para clarinete e electrónica em tempo real (Festival Música Viva em Portugal, Porto), Acaso (2006) para agrupamento de câmara (Paris, França) e Essay pour violoncelle et électronique temps réel (2009) (Paris, França).
Elsa Filipe participa regularmente em conferências diversas. Entre os artigos que assinou figuram La notion de scénario sonore imaginaire et son rapport à la perception et interprétation de l’œuvre Luraï de Jean-Claude Risset (Paris, CDMC, 2012); Le rôle des systèmes informatiques dans les œuvres Xatys de Daniel Teruggi et Lituus de José Manuel Lopez-Lopez (Paris, EMS, 2008); In Search of More Flexible Interpretation: Gesture as Interface between technology and music creation (Sonic Ideas, México, 2013).
Em Portugal ensinou Análise musical, Técnicas de Composição, História da música e Acústica Musical. Em França, foi tutrice d’Informatique musical na universidade Paris-Sorbonne (Paris IV) e professora de Écriture-invention (Conservatório de Clamart).
(última actualização: 2018)