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Henri Dutilleux

É em 1933 que Henri Dutilleux (Angers, 1916 – Paris, 2013) entra para o Conservatório de Paris, onde tem por mestres Noël Gallon (Contraponto e Fuga), Philippe Gaubert (direcção de orquestra) e Henri Busser (Composição). Sai do Conservatório com o Primeiro Prémio de Harmonia, Contraponto e Fuga, antes de obter o Grande Prémio de Roma de Composição em 1938. As suas primeiras obras serão estreadas durante a guerra (Quatre mélodies pour chant et piano, em 1943, Gêole para canto e orquestra, em 1944).
Nomeado, em 1945, Director do Serviço de Música da Radiodifusão Francesa (posto que ocupará até 1963), entra em contacto com músicos de todas as tendências, o que muito contribuiu para enriquecer a sua própria experiência como compositor: a sua Primeira Sinfonia é estreada em 1951 por Roger Désormière e a Orquestra Nacional, o bailado Le Loup em 1953 pela companhia Roland Petit… a Segunda Sinfonia (1959), estreada por Charles Münch em Boston, Les Métaboles (1965), e o Concerto para Violoncelo e Orquestra.
Grande Prémio Nacional da Música em 1967 pelo conjunto da sua obra, é nomeado professor de composição no Conservatório de Paris.
Pouco extensa mas de uma qualidade excepcional, a obra de Dutilleux é unanimemente aceite. Recusando toda a sistematização, a sua linguagem, muito pessoal, caracteriza-se por uma grande subtileza rítmica e melódica, que se apoia numa instrumentação refinada. Reflexo de uma profunda verdade interior, alia a poesia e a imaginação à procura de uma escrita densa e complexa.

(Dezembro 2000)