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Jorge Peixinho

Nascido em 1940, no Montijo, após ter terminado os cursos de piano e composição no Conservatório Nacional de Lisboa, estudou, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, como Boris Porena, em Roma, e Goffredo Petrassi, na Academia de Sta Cecília, onde obteve diploma de aperfeiçoamento em composição em 1961. Trabalhou ainda com Luigi Nono, em Veneza e, posteriormente, com Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen, nos Meisterkurse na Academia de Basileia.
Participou ainda em vários cursos internacionais de Darmstadt, entre 1960 e 1970, colaborando nos projectos de composição colectiva promovidos e dirigidos por Stockhausen, em 1967 e 1968. Participou em inúmeros festivais de música contemporânea, entre os quais os seguintes: Gaudeamus (Holanda, 1963), Madrid (1964), Veneza (1964) e, por diversas vezes, nos festivais de Royan (França) e Santos (Brasil), Buenos Aires (1970 e 1982), Maracaíbo (Venezuela, 1977), S. João del Rei (Brasil), Curitiba (1970), entre outros. Em 1972/73, efectuou um estágio no estúdio de música electrónica IPEM (Gent, Bélgica).
Peixinho foi membro do júri de vários concursos internacionais de composição: Festival Guanabara (Rio de Janeiro, 1970), Prémios Martin Codax (Vigo) e Fernando Pessoa (Lisboa), Concurso Viottti (Vercelli, Itália), Prémios de Composição Gulbenkian, Sociedade Portuguesa de Autores e Conselho Português da Música.
Em 1977, foi eleito membro do Conselho Presidencial da Sociedade Internacional de Música Contemporânea. Foi convidado para realizar várias obras no estúdio de música electrónica de Bourges (França) em 1979, 1989 e 1992. Colaborou regularmente nos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea. Em 1970 fundou, juntamente com alguns músicos portugueses, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, com o qual realizou uma importante acção de divulgação da música do nosso tempo (em particular da nova música portuguesa) e realizou concertos em vários países da Europa, nomeadamente nos festivais de Royan e MANCA (Nice), RNE (Madrid, Santiago de Compostela) e Sevilha, Festival Gaudeamus e World Music Days (Holanda), Festival Antidogma (Turim), Bienal de Zagreb, Outono de Varsóvia e uma digressão no Brasil.
Teve encomendas de várias instituições portuguesas, entre as quais: SEC, Fundação Calouste Gulbenkian, Comissão dos Descobrimentos, Conselho Português da Música, Oficina Musical, Câmara Municipal de Matosinhos, Festival Internacional de Alicante, GMEB de Bourges, New Music Concerts (Toronto), Festival de Acqui Terme (Itália), assim como de artistas e agrupamentos nacionais e estrangeiros.
Peixinho foi galardoado com as Medalhas de Mérito Cultural e de Ouro da cidade do Montijo.
Faleceu a 30 de Junho de 1995.