Nascido na Alemanha em 1895, Paul Hindemith foi um dos compositores mais produtivos deste século, sendo celebrado como o alemão mais neoclassicista nos anos 20 e 30.
Na sua juventude contava-se entre os Expressionistas e, anos mais tarde, cria um consistente estilo diatónico, baseado na sua própria teoria harmónica.
Entre 1909 e 1917, estudou composição com Arnold Mendelssohn e Bernard Sekles, no Conservatório Superior de Frankfurt, tendo de seguida cumprido o serviço militar. Depois da Guerra regressou a locais que visitara como violinista, desde 1915, com o Quarteto Adolf Rebner e a Orquestra da Ópera de Frankfurt. Em 1919 tornou-se o violetista do quarteto.
Em 1921 são estreadas em Estugarda as suas primeiras obras teatrais (Mörder, e Das Nusch-Nuschi), e em 1922 apresenta-se em Donaueschingen com um trabalho bem diferente, a Kammermuzik, no.1, que vai ao encontro de modelos barrocos de forma e de texturas polifónicas.
Em 1921 fundara o Amar Quartet com o intuito de tocar o seu 2º quarteto de cordas, tendo atingido um sucesso incalculável que lhe possibilitou uma frequente presença de destaque, quer a solo quer com o quarteto, no Festival de Donaueschingen.
Por volta de 1930, o seu estilo começa a mudar: a música de câmara dá lugar a obras orquestrais, e o estilo propositadamente anti-expressivo dá lugar a uma apologia artística, em Mathis der Maler. Atacado pelo Governo Nazi, deixa a Alemanha em 1937, estabelecendo-se em Nova Iorque, em 1940. Ensinou em Yale, adquiriu nacionalidade americana (em 1946), e começou a escrever para as grandes orquestras americanas, tornando-se um compositor americano. Escreveu um Requiem sobre textos de W. Whitman, e reviu algumas das suas primeiras obras, como Cardillac e Das Marienleben. No seu Ludus tonalis, inclui um ciclo de fugas para piano, elucidativas da sua visão das notas e intervalos combinados segundo relações e ordens perfeitamente definidas.
Em 1953 muda-se para a Suíça onde viveu durante dez anos, até à data da sua morte.
(Dezembro de 1999)