Sasha J. Blondeau (França, 1986) trabalha em composição musical contemporânea, particularmente com música mista, electroacústica e instrumental, e interessa-se pela interacção entre a escrita instrumental e a escrita electrónica/electroacústica dentro de um mesmo espaço expressivo. O seu trabalho tem-se centrado em questões relacionadas com “hibridismo”, “desidentificação” e “outros espaços”, no sentido foucaultiano do termo.
Sasha estudou piano e saxofone no Conservatório de Gap (França) e análise, teoria musical e composição no Conservatório Regional de Lyon. De 2007 a 2012, estudou Composição com Denis Lorrain e François Roux, no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Lyon (França). Concluiu o doutoramento em composição musical através do programa IRCAM-Sorbonne Universités-CNRS (2017), na equipa de trabalho Representations Musicales, sob orientação de Jean-Louis Giavitto, onde trabalhou com a linguagem Antescofo e as novas possibilidades de escrita e composição electrónica que ela oferece. Foi residente da Cité Internationale des Arts de Paris entre Julho de 2013 e Junho de 2015, e entre Setembro de 2019 e Junho de 2020.
Obteve os prémios Francis and Mica Salabert Foundation Prize 2012 (com a obra Soubresauts) e SACEM Prix “Claude Arrieu” 2018. Em 2014, participou, por selecção, num Atelier In Vivo em teatro musical (Nachleben) na Academia ManiFest do IRCAM, e também no Summer Composition Institute da Universidade de Havard (État d’exception). No ano 2018/19, teve uma bolsa da Villa Médicis, Académie de France à Rome e, para o ano 2022/23, teve uma bolsa da Internationales Künstlerhaus Villa Concordia (Alemanha).
Trabalhou música com a Orchestre de Paris, o Ensemble Intercontemporain, o Quarteto Diotima, os agrupamentos Kwadrofonik, Court-Circuit, Talea, Les Percussions de Strasbourg, Insomnio e com os artistas Sarah Maria Sun, os solistas da Musikfabrik, Barbara Kinga Majewska, Hae-Sun Kang, Christophe Desjardins e Séverine Ballon, entre outros. Para o seu projecto multidisciplinar Cortèges, que foi encomendado pela Orchestre de Paris e pelo IRCAM-Centre Pompidou e estreou em Junho de 2023, na Grande Salle Pierre Boulez da Philharmonie de Paris, esteve em residência com François Chaignaud e Hélène Giannecchini em Royaumont (França) e na Villa San Francisco (Villa Albertine), em 2022.
[última actualização: Junho 2023]