Personalidade carismática e incontornável, Karlheinz Stockhausen (Mödrath, 22 de Agosto de 1928 – Kürten, 5 de Dezembro de 2007) encontra-se nas mais reduzidas listas de compositores que influenciaram o pensamento do século XX, com um forte legado para as gerações vindouras. A sua música tornou-se um clássico, não deixando de ser provocatória na sua permanente renovação.
Obras como Gesang der Junglinge marcarão para sempre a História da electroacústica.
Estudou na Escola Superior de Musica de Colónia e na Universidade desta mesma cidade. Em 1952 frequentou as aulas de Olivier Messiaen e fez um estágio no Grupo de Música Concreta da ORTF, em Paris. Realizou, então, a primeira síntese de espectros sonoros com sons sinusoidais produzidos electronicamente. A partir de 1953 colaborou com o Estúdio de Música Electrónica da Rádio de Colónia, que passou a dirigir em 1963. Em paralelo com a composição, estudou fonética e novas técnicas de comunicação.
Percorreu o mundo como conferencista, director de orquestra e intérprete.
Orientou cursos nos Estados Unidos da América (1965 e 1967), em Darmstadt e em Colónia. Desde 1964, como compositor e intérprete, dedica uma particular atenção à música electrónica com transformação ao vivo. Progressivamente desenvolveu uma estética de uma “música universal”, que se encontra plasmada no gigantesco ciclo de sete óperas Licht.
A sua última visita a Portugal ocoreu em 2005, num fim-de-semana em que veio à Fundação Gulbenkian interpretar Hymnen, Wednesday Greeting e Kontakte. A sua última estreia em Portugal ocorreu no concerto de encerramento das comemorações dos cinquenta anos da Fundação Calouste Gulbenkian, com a estreia absoluta das peças nº 16-21 e 24 de Natürliche Dauern (2006), para piano, em Julho passado.
(última actualização: Dezembro de 2007)