Fundada no Porto, em Maio de 1978, iniciou no mês seguinte a sua actividade orientada para o estudo e divulgação da música do corrente século. Até agora levou a cabo centenas de espectáculos nos quais colaboraram, além dos elementos dos seus conjuntos instrumentais, jovens artistas em início de carreira (o apoio a estes últimos é uma das directrizes da Oficina Musical) e agrupamentos e solistas do mais elevado nível, tais como o Estúdio Electrónico na Escola Superior de Música de Colónia, o Quarteto Takács-Nagy, os pianistas Marie-Françoise Bucquet, Claude Helffer e Sequeira Costa, o violoncelista Siegfred Palm, o flautista Pierre-Yves Artaud, o trombonista Vinko Globokar e a clavicordista Annette Sachs.
Entre as numerosas obras incluídas nos seus programas, contam-se mais de setenta apresentadas em primeira audição em Portugal, de autores tão significativos como Leos Janácek, Arnold Schönberg, Goffredo Petrassi, Pierre Schaeffer, John Cage, Hans Eisler, Ramón Barce, Cláudio Prieto, Tomás Marco, Cristóbal Halffter, Luís de Pablo, Edward Boguslawiski, George Crumb, Luc Ferrari, Luciano Berio, Paolo Castaldi, H. Villa-Lobos, Cláudio Santoro, Paul Méfano, Salvatore Sciarrino, Toru Takemitsu e Roqué Alsina.
Em cumprimento de quanto se afirmava em nota inserta no programa inaugural, a Oficina Musical não tem limitado a sua acção à cidade do Porto, realizando, de acordo com um plano de descentralização que continuará entre os seus objectivos, concertos nos mais diversos pontos do país.
Nos últimos anos organizou quatro concursos de Composição abertos a todos os compositores portugueses, sem limite de idade. Em 1982 foram lançadas as primeiras partituras editadas pela Oficina Musical, iniciando-se assim um projecto editorial que prevê a publicação periódica de discos, trabalhos musicológicos e partituras de autores portugueses.
O grupo da Oficina Musical participou nos Festivais de Vigo de 1980 e 1981, no I Ciclo de Música Contemporânea organizado pela Diputación Provincial de Pontevedra (1982), nos Quatro Dias de Cultura Portuguesa em Sevilha, no final de 1982, no Festival da Costa do Estoril de 1984, 1985 e 1987, na maior parte dos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, nos Dias de Música Contemporânea de Vigo, em Março de 1985, nos XVI e XVII Festivais de Espinho, no VIII Festival da Costa Verde, no 34º Festival de Granada, nas Crónicas de Juventude (Pamplona, 1985), na I Semana de Música Ibérica em Ávila (1986), nas I Jornadas de Música Contemporânea Portuguesa organizadas pela Fundação Gulbenkian em Madrid (1987), no 3º Festival de Música Contemporânea de Bogotá (1993) e em Festivais de Música Contemporânea na Alemanha (1995 e 1996) obtendo, em todas essas ocasiões, êxitos relevantes.
Pelos serviços prestados à cultura do nosso país, a Oficina Musical foi agraciada com a Medalha de Mérito (Prata) da Câmara Municipal do Porto, com a Medalha de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e com o Prémio do Dia do Autor da SPA (1993).
(última actualização: Dezembro de 1998)