Formado pela soprano Inês Simões e o pianista Daniel Godinho, com quase duas décadas de existência, o duo Tágide conta com um impressionante corpo de trabalho, abrangendo pérolas do barroco a composições contemporâneas, numa variedade de línguas desde o alemão ao finlandês. Apresenta-se regularmente nas mais prestigiadas salas e festivais portugueses, bem como em concertos para a Antena 2. A sua programação arrojada abarca, em cada recital, repertório do passado e do presente, bem como um espaço dedicado à canção erudita portuguesa.
Com o objectivo de divulgar a canção ibérica, o duo concebeu o projecto intitulado Alma Ibérica, cujo primeiro álbum obteve o apoio da Fundação GDA. Para além das performances de recitais Alma Ibérica, o Duo Tágide criou uma Videoteca de Canção Ibérica para que o público geral possa descobrir e desfrutar de forma gratuita este repertório.
Com o seu timbre inconfundível, rico e luminoso, a soprano spinto portuguesa Inês Simões é conhecida pelas suas interpretações de música contemporânea, nomeadamente encomendas de obras operísticas, sinfónicas, electrónicas e música de câmara.
A temporada de 2022/23 vê nascer uma nova colaboração com o flautista brasileiro James Strauss, com um concerto para a Federação da Paz de Viena e um lançamento digital de “Poema” para o Universal Music Group. Abarcando obras dos últimos 100 anos, este programa é descrito pela crítica como ” (…) poesia harmónica. Dueto simplesmente fabuloso …para fechar os olhos, deitar e curtir. Dois grandes talentos”. Em abril de 2023, “Poema” apresenta-se em Portugal no Palácio do Sobralinho e Igreja da Luz de Lagos.
Inês Simões estreou-se na Fundação Calouste Gulbenkian, num concerto de tour-de-force em que interpretou seis novas obras com a Orquestra Gulbenkian dirigida por Magnus Lindberg. Consequentemente, foi convidada a estrear a ópera Play, de Jamie Man, dirigida por Hannu Lintu, e a cantar ao lado de Iestyn Davies nas oratórias Solomon e Messias, de Händel. Cantou com orquestras como a Camerata Royal Concertgebouw Orchestra, para o Festival Dias da Música, Festival Oxford Lieder, para o programa de rádio In Tune da BBC Radio 3 e para a Antena 2.
A par das estreias mundiais de óperas como A Canção do Bandido, de Nuno Côrte-Real (co-produção Teatro Nacional de São Carlos e Teatro Trindade), Tabacaria e Flores do Mal, de Luís Soldado (Inestética), Inês orgulha-se de ter cantado nas estreias nacionais das óperas Onheama, de João Guilherme Ripper (co-produção Teatro Nacional de São Carlos e Festival Terras Sem Sombra), King Harald’s Saga, de Judith Weir, The Waiter’s Revenge, de Stephen Oliver, e Hummus, de Zad Moultaka.
Com a vinda da maternidade, a voz de Inês abriu-se às possibilidades do repertório spinto soprano, permitindo-lhe focar-se mais profundamente no repertório germânico de compositores como Richard Wagner (os Wesendonck Lieder constam regularmente nos seus concertos), Richard Strauss (com o papel de Salomé adicionado ao seu repertório) e Alban Berg, cuja Suite Wozzeck, sob a batuta de Sian Edwards, motivou a sua estreia no Barbican Hall.
Ao longo de mais de duas décadas, o pianista português Daniel Godinho tem vindo a explorar um vasto leque de repertório vocal, com forte destaque para a música escrita nos últimos 100 anos. A sua paixão por este repertório levou-o a colaborar com muitos cantores portugueses de destaque, bem como com coros relevantes, como o coro Gulbenkian. A colaboração de longa data com a soprano Inês Simões tem sido uma pedra basilar na busca de expressividade de Daniel. A par do seu trabalho como acompanhador no Conservatório Nacional de Lisboa, os próximos projectos incluem um concerto com obras para soprano e clarinete e um recital com canções de Rachmaninov.
Depois de ter estudado com o pianista Alexei Eremine (fundador do Moscow Piano Quartet), Daniel Godinho aprofundou os seus estudos no Conservatorium van Amsterdam e na Musikhochschüle em Trossingen. Desde então, tem-se apresentado como solista em Espanha, Holanda, França, Reino Unido e por todo o país – incluindo vários festivais e concertos importantes para a Antena 2.
Apresentando programas que combinam a música contemporânea com o grande repertório do passado, Daniel pretende dar ao seu público uma nova visão do mundo da canção erudita.
[última actualização: Abril 2023]