Ambos formados pela Escola de Superior de Música e Artes do Espectáculo e pela Hochschule für Musik Basel, nas classes dos professores José Pina e Stephan Schmidt, Gil Fesch e Nuno Pinto vêm fazendo trajectos consolidados no domínio da música contemporânea. Trabalharam, individualmente ou em duo, com diversos compositores de referência, de que são exemplo Helmut Lachenmann, Sofia Gubaidulina, Georg Friedrich Haas, Michel Roth, Fred Frith ou Mattias Pintscher. Colaboram regularmente com grupos como o Ensemble LUX:NM, Vertixe Sonora ou a Orquestra XXI. Apresentaram-se ao vivo em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Suíça e Rússia.
Nuno Marques Pinto (Porto, 1988) é um multi-instrumentista que se dedica sobretudo à música de câmara e à criação contemporânea. Tanto na guitarra eléctrica como na guitarra clássica, passando pelo bandolim e o baixo eléctrico, Nuno tem colaborado com agrupamentos como o Ensemble Vertixe Sonora (Espanha), o KapModern (Alemanha), o Collective Lovemusic (França), Ensemble LUX:NM (Alemanha), o Ensemble Tempus Konnex (Alemanha), o Ensemble El Perro Andaluz (Alemanha), o TAL Trio (Portugal), o Contemporary Insights (Alemanha) e a Lucerne Academy (Suíça).
Como solista, apresentou-se com a Sinfonieorchester Basel (Basileia, Suíça), com a Orquestra XXI (Portugal) e com a Orquestra de la Marina Alta (Valência, Espanha). Nuno fez a sua formação em guitarra clássica, com a professora Maria Paula Marques e com o professor José Pina, tendo ainda completado dois mestrados na Universidade de Basileia (Suíça), na classe do professor Stephan Schmidt.
Músico, sociólogo, editor e programador cultural, Gil Fesch (Porto, 1985) é licenciado e mestre em performance musical pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (2008) e pela Hochschule für Musik Basel (2010 e 2012). Iniciou os seus estudos musicais aos 11 anos, com o seu pai, Pedro Fesch, tendo, a posteriori, sido orientado pelos guitarristas José Pina e Stephan Schmidt. Trabalhou, em cursos de aperfeiçoamento, com Alberto Ponce, Eduardo Fernández, Fábio Zanon, Gunnar Spjuth, Julius Kurauskas, Margarita Escarpa, Roland Dyens e Tilman Hoppstock. Durante a sua formação, dedicou-se em particular ao estudo da música contemporânea, beneficiando do contacto com figuras como Helmut Lachenmann, Sofia Gubaidulina, Georg Friedrich Haas, Michel Roth, Mike Svoboda, Pablo Márquez, Elena Càsoli ou Fred Frith. Apresentou-se, a solo ou integrado em formações de música câmara, em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Suíça e Rússia, num trajecto em que se destacam pontuais colaborações com músicos como Stephan Schmidt, Ivan Monighetti e Alexander Rudin, mas também a sua estreia, em 2011, com a Basel Sinfonieorchester, interpretando Trois Graphiques, de Maurice Ohana, sob direcção de Daniel Klajner. Investigador do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto e do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, doutorou-se, em 2020, na área da sociologia (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), com a tese Os impasses da música contemporânea: Estudo qualitativo pluriperspetivado em contexto de ensemble. Produziu e editou trabalho no âmbito da estética, história da música contemporânea, teoria social, políticas culturais e programação artística. Em 2017, publicou, sob a chancela das Edições Afrontamento, De um fio indizível: Livro de memórias do Coral de Letras da Universidade do Porto. Fez ainda apoio dramatúrgico, reflexão crítica e pesquisa documental em espectáculos como Pátria (2019), de Bernardo Carvalho, ou Airbnb & Nuvens: uma rádio novela (2020), de Luísa Costa Gomes, ambos levados a cena sob direcção de Manuel Tur. É, desde 2019, responsável pela produção e gestão de concertos da Orquestra XXI. Enquanto produtor, esteve directamente envolvido em estreias nacionais de obras de autores como Hans Werner Henze, Dai Fujikura, Jonathan Harvey ou Steve Reich.
[última actualização: Abril 2023]