Nascida em Lisboa em 1973, concluiu, em 1995 o Bacharelato em Piano na Escola Superior de Música de Lisboa. No mesmo ano, ingressou na Manhattan School of Music, New York, onde conclui, em 1999, o programa académico Bachelor of Music – Piano Performance. Estudou piano com Nina Svetlanova e Sara D. Buechner, e Música de Câmara com Isidore Cohen, Sylvia Rosemberg e Linda Chesis. Frequentou Cursos de Aperfeiçoamento com Dmitry Paperno, Sequeira Costa, Lev Naumov e Jean Fassinat entre outros. Frequenta actualmente o programa Master’s of Music – Piano Performance na New York University.
Ana Telles tem-se apresentado publicamente em Lisboa e outras cidades de Portugal, bem como noutros Países. Tem actuado frequentemente, desde 1990, no Centro Cultural de Belém, ACARTE – Fundação Calouste Gulbenkian, Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu João de Deus, Instituto Superior Técnico, Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Grémio Literário – Lisboa, Encontros de Musica de Câmara de Almada, Mosteiro de Alcobaça, Conservatório Regional de Castelo Branco. Realizou gravações para a RDP – Antena 2 e para a RTP.
Em New York, participou num concerto de gala em homenagem a Igor Strawinsky, no 3º Festival de Música Contemporânea, e realizou recitais a solo na série de concertos Midtown Music Series e no Pfizeheimer Hall.
Apresentou Conferências e Recitais na Villa Medicis, Briosco, Itália e na abertura das comemorações do 40ª Aniversário da Universidade Católica de Salvador, Baía , Brasil.
Em Outubro de 1999 foi convidada pela Fundação Fullbright para se apresentar a solo no Concerto comemorativo do 40ª desta Insituição norte-americana, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direcção de Vasco Pearce de Azevedo.
Desde Novembro de 1999 tem tido o privilégio de trabalhar regulamente com Yvonne Lorid – Messiaen, intérprete por excelência da música para piano de seu falecido marido Olivier Messiaen.
Em Abril de 2000 foi seleccionada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa para apresentar uma série de 10 concertos dedicados à obra para piano e Orquestra de Oliver Messiaen. Com esta Orquestra, apresentou «Oiseaux exotiques», « Sept Haikai» e «Couleurs de Cité Céleste» na temporada de 2000/2001, sob a Direcção do Maestro Jean–Sébastian Béreau.
Tem desenvolvido trabalho de divulgação sendo autora de artigos sobre obras musicais para a publicação norte-americana MSM Notes e participando como consultor musical no programa O despertar dos músicos (RDP – Antena 2).
Leccionou Piano na Academia de Amadores de Música entre 1991 e 1995; É assistente de Paul Sheftel, Professor de Pedagogia do Piano na Manhattan School of Music.
Tem convites para se apresentar no Brasil, Cuba, França e Alemanha na Próxima temporada.
«Ana Telles mostrou-se uma eloquente intérprete dos cintilantes cachos sonoros e das luminosas nuances de Coleurs de la Cité Céleste.» In Público 26 de Junho de 2001.
Para Ana Telles, um recital de piano não é uma simples apresentação de obras diversas do repertório convencional. É um todo orgânico em que cada elemento estimula e clarifica a compreensão global, um evento em que obras de diferentes estilos e tendências se cruzam para produzir novas leituras, numa atitude que se quer aberta e enriquecedora.
Esta experiência é acompanhada de diálogo informal com o público: Ana Telles fala das peças que apresenta no seu contexto histórico e musical, através da vivência que o trabalho de intérprete lha proporciona. Assim, o recital de piano é um Forum aberto de comunicação com o público.
A sua dedicação à música do Séc. XX é, antes de mais, uma questão de afinidade pessoal. Mas traduz também a convicção de, não se podendo amar o que se desconhece, ser preciso ousar tocar e ousar ouvir obras que o selo de garantia da tradição ainda não autenticou. Ana Telles pretende assim desafiar uma atitude de escuta sem preconceitos e proporcionar experiências despretensiosamente novas.
Quanto à sua preferência quase filial pela musica de Oliver Messiaen, foi em primeiro lugar o gosto pela Natureza que levou Ana Telles a aproximar-se pelo mundo vastíssimo que a obra desse compositor francês representa. A partir daí, o fascínio tem vindo a crescer sem limites…
(última actualização: Dezembro de 2001)