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Música em Portugal no Contexto da Arte Nova

MusicaArteNovaPortugal
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série II | 3o ciclo | Janeiro/Fevereiro de 2015

 
Museu Arte Nova
5as feiras | 21h30

15 Janeiro | Jorge Castro Ribeiro

{slider=A música como parte da vida
    – a experiência de audição musical no Orpheon Portuense na época da Arte Nova}

A partir da década de 1880, o Orpheon Portuense desenvolveu uma importante acção de divulgação musical que contribuiu para a sintonização da vida cultural e artística do Porto com a modernidade europeia de então. Esta acção era dirigida sobretudo às elites de uma sociedade dinâmica, que renovava esteticamente e fazia crescer – com ferro, vidro e bom gosto – a própria cidade e as suas estruturas urbanísticas, sendo o sucesso e enquadramento do Orpheon denunciado pela dimensão e gradual internacionalização da sua própria actividade.

A partir de programas de concertos e das criticas e crónicas da imprensa, propõe-se nesta sessão uma compreensão do clima estético, intelectual e artístico em que a sociedade portuense viveu esta renovação da recepção musical e olhou para os seus protagonistas, em que a presença feminina – como Guilhermina Suggia, por exemplo – marcava uma significativa novidade.

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22 Janeiro | Manuel Deniz Silva

{slider=A “mecanização” da música
    – tecnologias de gravação e culturas auditivas em Portugal no final do século XIX e início do XX}

A invenção de tecnologias de reprodução mecânica do som, nas últimas décadas do século XIX, provocou uma crise radical das formas tradicionais de pensar, praticar e ouvir música. A progressiva invasão de espaços anteriormente silenciosos por sons gravados e mecanicamente reproduzidos não ocorreu de forma linear, tendo sido marcada por uma intensa negociação entre diferentes modos de apropriação das novas tecnologias sonoras, no quadro mais geral da mecanização do trabalho e da “electrificação das sensibilidades” (Ludovic Tournès).

Nesta apresentação, far-se-á um breve percurso pela história da introdução do som mecanicamente reproduzido em Portugal, desde a primeira apresentação do fonógrafo em 1879 até aos anos da Primeira Guerra Mundial. Procurar-se-á sublinhar alguns dos traços essenciais deste processo de transformação dos hábitos de escuta e, sobretudo, o seu impacto na redefinição das práticas musicais públicas e privadas, com consequências tanto para as sociabilidades melómanas como para a formação de uma cultura urbana popular e massificada.{/slider}

29 Janeiro | Paulo Ferreira de Castro

{slider=A Arte Nova e a fluidez das formas musicais}

Esta sessão será dedicada à análise comparativa das gramáticas formais da Arte Nova e da música do “fim de século” europeu, com o fim de evidenciar paralelos e convergências entre os universos visual e sonoro. Em particular, será dada especial atenção às linguagens musicais de compositores como Fauré e Debussy, bem como aos reflexos dessas linguagens entre os compositores portugueses da época, com destaque para Francisco de Lacerda, Luís de Freitas Branco e António Fragoso.{/slider}

05 Fevereiro | Rosário Pestana

{slider=Cidadanias modernas
    – a Arte musical no quadro da esfera pública e associativa (1880-1910)}

Partindo do caso “Orpheon Portuense”- fundado na cidade do Porto em 1881, por um conjunto de 18 amadores de música, sob o impacte das Comemorações Camoneanas-, proponho uma conversa sobre os valores e as estéticas que promoveram a escuta, a profissionalização de músicos e a distinção de compositores e intérpretes (solistas), nos anos que antecederam a Arte Nova em Portugal. Serão também trazidos à conversa assuntos como: (i) o movimento associativo de perfil burguês, sustentado em valores como a Arte, o progresso, a filantropia e o trabalho, que se diversificou e consolidou em finais no século XIX, como alternativa às estruturas sociais e políticas vigentes; (ii) a imprensa periódica e as suas normatividades em torno do assunto “sociedade”; (iii) o conceito “Arte musical”.{/slider}

 

{slider=Louvado Seja Design}

David Pinho{/slider}

{tab=Apoios}

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