série II | 1o ciclo | Setembro/Outubro de 2014
Museu Arte Nova
5as feiras | 21h30
25 Setembro | Nuno Fonseca
{slider=Trilhos de voz, música e ruído: o cinema como arte da escuta}
Apesar de nos termos habituado a ligar semanticamente a banda sonora de um filme à música que, ocasionalmente, colabora com as imagens, a verdade é que ela é constituída por uma multiplicidade de camadas e registos sonoros que se combinam de forma complexa para estruturar e transformar a nossa percepção dos objectos cinematográficos. Com efeito, os sons que compõem a dimensão auditiva do cinema não se acrescentam simplesmente às imagens- ainda que a história e a precedência do cinema mudo em relação ao sonoro pareça promover essa leitura-, pelo contrário, eles cooperam com as imagens para permitir a percepção dos efeitos discursivos, diegéticos, rítmicos ou mesmo tonais por um espectador que é também, dessa maneira, um ouvinte ou um escutador. O propósito desta apresentação é mostrar, com a ajuda de alguns exemplos, como a experiência do cinema é a experiência de uma arte também ela sonora.{/slider}
02 Outubro | André Godinho
{slider=Ouvir a negro}
Negro é o título de uma música composta pelos PAUS para o filme “Ponto Morto” de André Godinho.
Esta sessão será composta pelo visionamento do filme e discussão sobre a utilização da música no filme, em confronto com a utilização musical de outros elementos sonoros não musicais.{/slider}
09 Outubro | Carlos de Pontes-Leça
{slider=Grandes compositores do cinema: os originais e os adoptados}
1. Os compositores adoptados pelo cinema: de J.S.Bach a Ligeti. O caso especial de Honegger e o filme “Pacific 231”.
2. Os compositores que criaram também para o cinema. Quatro casos em destaque: Prokofiev, Korngold, Bernstein e Miles Davis.
3. Os compositores dedicados especialmente ao cinema. Exemplos de Bernard Herrmann, Nino Rota e John Williams.
4. O jazz e a música electrónica.
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16 Outubro | Hugo Barreira
{slider=Cinematografia <— —> Música}
Com esta sessão pretendemos explorar alguns dos diversos momentos de cruzamento e diálogo entre a cinematografia e a música, ao longo do século XX. Tendo por base alguns conceitos operativos, como o de sinestesia, ou o da relação entre registo ou expressão, desenvolveremos um percurso de duplo sentido.
Por um lado, e num primeiro momento introdutório, o papel da música como elemento da narrativa cinematográfica, a partir de alguns exemplos em que observaremos como a sua utilização pode contribuir para explorar as potencialidades do discurso fílmico.
Num segundo momento, invertemos o percurso e exploramos o registo cinematográfico como documento (e construção?) da execução musical desde o advento do cinema sonoro. Procuraremos desconstruir os registos históricos existentes através da análise da composição e montagem dos mesmos, revelando e interpretando a maneira como o objecto cinematográfico foi procurando e construindo uma experiência plena de sinestesia que transcende necessariamente o registo e questiona a sua objectividade. {/slider}
{slider=Louvado Seja Design}
David Pinho{/slider}
{tab=Apoios}