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RMC 2025 [c09] Orquestra das Beiras

Sábado, 24 de Maio | 21h30
Teatro Aveirense \ Sala Principal

bilheteira online

Orquestra Filarmonia das Beiras
Carlos Lopes > direcção
João Casimiro Almeida > piano

Programa
• Inés Badalo (1989) | Zafre* [2025] ca 17′
para piano e orquestra clássica

• Igor Stravinsky (1882-1971) | Danses concertantes [1942] ca 20’

• Maurice Ravel (1875-1937) | Le Tombeau de Couperin [1917] ca 18’

* estreia da versão para piano e orquestra clássica, elaborada por encomenda da Arte no Tempo, a partir da versão para piano e orquestra sinfónica, por sua vez encomendada e estreada pela Orquesta Sinfónica del Principado de Asturias, em Fevereiro de 2025.

Uma das mais aguardadas estreias da 5ª edição dos Reencontros de Música Contemporânea é a de Zafre [2025], de Inés Badalo (Olivença, 1989), concerto para piano e orquestra sinfónica, estreado em Oviedo em Fevereiro passado, de que aqui se escuta, pela primeira vez, a versão para piano e orquestra clássica elaborada por encomenda da Arte no Tempo, com financiamento da Direcção-Geral das Artes. Ao piano, e depois de ter já tocado outras obras da compositora, João Casimiro Almeida cumpre o desígnio de tocar, agora com orquestra, música nova de Inés Badalo – uma obra bastante actual, em que as técnicas expandidas (tão em voga nos últimos anos) não surgem desgarradas de uma poética sonora que privilegia a subtileza do gesto em demoradas metamorfose tímbricas.
Todo à volta da ideia de concerto, o programa com que o maestro Carlos Lopes se estreia à frente da Orquestra das Beiras não podia ignorar a celebração do 150º aniversário do nascimento de Maurice Ravel (1875 – 1937), oferecendo-nos a orquestração que o próprio compositor elaborou da suite que escreveu para piano, no final da I Guerra Mundial. É impossível pensarmos em Le Tombeau Couperin [1917-19] sem, de imediato, nos lembrarmos dos belíssimos solos instrumentais que nela se destacam. 
Mais próximo de Ravel do que de Badalo, quer pela divisão da peça em partes que derivam da dança, quer pela concepção harmónica, entre a música dos dois são dadas a escutar as Danças Concertantes [1942], de Igor Stravinsky (1882-1971). Trata-se de música com uma refinada orquestração, cujo grau de dificuldade a equipara a um pequeno concerto.