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Aveiro_Síntese 2016

2º festival internacional de música electroacústica

Museu Arte Nova | 5 a 9 de abril

(piso superior)

dia 5, terça-feira

21h00 | conversa com os compositores Luís Antunes Pena e Pedro Junqueira Maia

Pertencendo à mesma geração, Luís Antunes Pena (Lisboa, 1973) e Pedro Junqueira Maia (Porto, 1971) são compositores com percursos bastantes distintos e produções naturalmente diferentes. No regresso do Aveiro_Síntese, a primeira das cinco breves conversas com que se pretende aproximar o público do mundo da criação e dos criadores será vivida na cumplicidade destes dois compositores, ambos com actividade no domínio da divulgação cultural, que se respeitam e se reconhecem na paixão por algo muito maior do que todas as diferenças: a música.

21h45 | concerto I | Ruído Vermelho

Francesco Dillon, violoncelo

Nuno Aroso, percussão

Luís A. Pena, electrónica

Programa:

  • Caspar Johannes Walter | Studie Über Obertonspiegelungen (2001) :: violoncelo, ondas sinusoidais e copos, ca 9′
  • Luís Antunes Pena | Tracking Noise #1 1) (2016) :: sintetizador analógico (electrónica ao vivo), 2 canais, ca 8′
  • Pedro Junqueira Maia | `Xcuse me while I kiss the Sky… (2010) :: percussão e electrónica, ca 7′
  • Milica Djordjevic | Fail 1) (2012) :: violoncelo e electrónica, ca 7′ 
  • Ruído Vermelho | Narcissistic Rooms 1) (2016) :: improvisação para violoncelo, percussão, corpos ressoadores e electrónica ao vivo, 2 canais, ca 20′ 
     

1) estreia nacional

dia 6, quarta-feira

‘O sentido do som’ :: actividade para escolas

21h00 | conversa com o compositor Michael Edwards (I)

Na primeira vez em que Michael Edwards traz a sua música a Portugal, umas das suas últimas obras- jitterbug– é apresentada a par com uma obra de um compositor português e outra do grande repertório (herança da 1ª edição do Aveiro_Síntese, em que todos os concertos apresentavam uma peça portuguesa, um “clássico da electroacústica” e uma selecção de peças elaborada por alguém convidado para o efeito, geralmente associado a um estúdio internacional). Os dois compositores que aqui surgem ao lado de Michael Edwards não são, no entanto, estranhos: John Chowning foi seu professor no CCRMA (Stanford) e Luís Antunes Pena é publicado pela mesma selectiva editora (sumtone) que representa o compositor britânico.

21h45 | concerto II | Chowning + Edwards + Pena

Programa:

  • John Chowning | Turenas (1972) :: electrónica sobre suporte, 4 canais, ca 10’
  • Luís Antunes Pena | Hi-Fi Noise Study – Pecking Chickens 1) (2013) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 5’
  • Michael Edwards | jitterbug 1) (2015) :: electrónica sobre suporte, 4 canais, ca 40’ 30’’  

1) estreia em Portugal

dia 7, quinta-feira

10h00 | Seminário com Michael Edwards

O trabalho de Michael Edwards distingue-se não só musicalmente como ao nível da criação de ferramentas para a composição algorítmica.

Num seminário que será dividido em duas partes, o compositor abordará o seu trabalho focando o ambiente “slippery chicken” (10h00 – 13h00) e discutirá com os alunos inscritos os seus próprios projectos (15h00 – 17h30).

“slippery chicken” é um ambiente Common Lisp open source para composição algorítmica declarativa ou generativa em CLM, CMN, CM e Lilypond para partitura, ficheiro de som e/ou ficheiros MIDI e a integração destes em peças musicais híbridas de forte associação entre acústica e electrónica.

O “slippery chicken” permite uma abordagem à composição musical de cima para baixo. O software foi originalmente concebido de forma a integrar as técnicas de composição pessoais do autor; contudo, têm vindo a ser programadas diversas ferramentas para fins genéricos em composição algorítmica que deverão ser úteis a uma grande diversidade de compositores. O principal objectivo do projecto é facilitar a fusão dos mundos sonoros electrónico e instrumental, não apenas a nível sonoro, mas também estrutural. A composição puramente instrumental ou a electrónica é, naturalmente, também possível. Encontram-se disponíveis técnicas para uma combinação inovadora de ritmo e dados referentes a alturas (pitch data)- indiscutivelmente um dos aspectos mais difíceis na elaboração de algoritmos musicais convincentes.

“slippery chicken” não dispõe de um interface gráfico e não se prevê que isso venha a verificar-se. Se este é claramente um aspecto desagradável para alguns potenciais utilizadores, há diversos benefícios em trabalhar com um sistema como este através da linguagem de programação em que foi criado, entre os quais a infinita extensibilidade que uma tal abordagem infere.

21h00 | conversa com os compositores seleccionados no âmbito do projecto ‘Música em Criação’

Em Novembro de 2015, a Arte no Tempo lançava um desafio aos jovens compositores cujo objectivo era proporcionar-lhes um espaço para apresentação do seu trabalho.

Os quatro compositores cujas peças foram seleccionadas no âmbito desse desafio foram convidados a partilhar com o público alguns aspectos do seu trabalho. Mariana Vieira, Jorge Ramos, Hugo Paquete e Ana Catarina Barros contextualizarão o seu trabalho nos seus ainda breves percursos, antes de fazerem a sua música partilhar o concerto com o compositor português Jaime Reis e uma notável obra do incontornável Jean-Claude Risset.{/slider}

21h45 | concerto III | Risset + ‘Música em Criação’ + Reis

Pedro Rocha, saxofone alto

Programa:

  • Ana Catarina Barros | Strange Dream2) (2013) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 5’30’’
  • Jorge Ramos | Project 22) (2013) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 6’
  • Mariana Vieira | Multiphonic Shaping2) (2014) :: saxofone alto e electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 2’
  • Hugo Paquete | unevenness2) (2015) :: electrónica sobre suporte, 4 canais, ca 20’
  • Jaime Reis | Fluxus, Lift (2013) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 5’  
  • Jean-Claude Risset | Ressonant Sound Spaces (2002) :: electrónica sobre suporte, versão para 2 canais, ca 14’40’’

2) peças seleccionadas no âmbito do projecto ‘música em criação

dia 8, sexta-feira

‘O sentido do som’ :: actividade para escola

21h00 | conversa com o compositor Ricardo Guerreiro

A escolha de Ricardo Guerreiro para este programa (ou deste programa para Ricardo Guerreiro) não é desprovida de um sentido, ainda que não seja auditivamente decifrável. Antes de finalizar o curso na Escola Superior de Música de Lisboa e seguir para Itália, onde estudaria música electroacústica com Alvise Vidolin (um dos colaboradores mais próximos de Luigi Nono), Ricardo Guerreiro foi um dos compositores que esteve intimamente ligado a uma das actividades que deu origem à Arte no Tempo: as Jornadas Nova Música. Precedendo o concerto em que a sua última criação finaliza um programa completado por obras de compositores italianos, Guerreiro será convidado a revisitar as memórias de Itália e partilhar com o público algumas das preocupações que o seu trabalho reflecte.

21h45 | concerto IV | Nono + peças do CRM + Guerreiro

Programa:

  • Luigi Nono | Omaggio à Emilio Vedova1) (1960) :: electrónica sobre suporte, 4 canais, ca 5’
  • Michelangelo Lupone | Canto di Madre 3) (1998) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 7’
  • Alessio Gabriele | Unanima3) (2012) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 9’
  • Laura Bianchini | Libero Movimento3) (2012) ::  electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 8’
  • Silvia Lanzalone | eRose 3) (2013) :: electrónica sobre suporte, 2 canais, ca 10’

1) estreia em Portugal

3) obra seleccionada pelo Centro Ricerche Musicali (Roma); estreia em Portugal

4) estreia absoluta

dia 9, sábado

21h00 | conversa com o compositor Michael Edwards (II)

A primeira visita do compositor Michael Edwards termina com um concerto monográfico em que se apresenta um conjunto de peças que cobre um período de mais de vinte anos de composição. Na conversa que o precede, o compositor apresentará as diferentes obras expondo, de forma simplificada, algumas das técnicas a que recorreu para a sua realização{/slider}

21h45 | concerto V | música de Michael Edwards, com Henrique Portovedo e Hugo Simões

Henrique Portovedo, saxofones

Hugo Simões, guitarra

Michael Edwards, composição e electrónica

  • anonymous obvious – aka several instrumental structures to annoy ludi (2000) :: electrónica sobre suporte, 4 canais, ca 13’
  • their faces on fire (2013-14) :: saxofone barítono e computador, ca 8’
  • thick (1999) :: electrónica sobre suporte, 4 canais, ca 11’
  • don’t flinch (2010-11) :: guitarra e computador, 13’30’’
  • flung me, foot trod (1993-94) :: saxafone alto e electrónica sobre suporte, 2 canais, 9’ 

Ficha técnica

Direcção Artística e de Produção

Diana Ferreira

Assistente de Produção e Montagem

Filipa Monteiro

Produção gráfica

Francisco Ferreira

apoio

brasao cma
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alboi logo
Telheiro
DeCA-grande2016

agradecimentos

Gilberto Bernardes | informática musical de ‘O sentido do som’

António Veiga